O Dia da Mulher foi celebrado pela primeira vez em maio de 1908 nos Estados Unidos com a organização de uma manifestação em prol da igualdade económica e política no país à qual aderiram 1500 mulheres. Estava lançada uma incrível “corrida”, mas não seria a única!
Anos antes, exatamente em 1900 uma outra “corrida” tinha dado os primeiros passos. Tratava-se da participação, pela primeira vez na história do desporto automóvel de uma mulher – Camile Du Gast – a competir de forma consistente a nível internacional.
Du Gast, a par da Baronesa Hélène Van Zuylen (casada com o então presidente do Automobile Club de France), e Anne de Rochechouart de Mortmart formaram o trio pioneiro que sedimentou a presença feminina num desporto tendencialmente masculino que crescia em entusiastas e praticantes em plena Belle Epoque.
Passados 100 anos outros nomes femininos devem obrigatoriamente ser recordados com “grandes” do desporto motorizado.
Jutta Kleinschmidt, a primeira e única mulher a vencer em 2001 o Paris Dakar na categoria de carros e que em 2018 marcou presença na Baja de Portalegre.
Marie-Claude Charmasson, piloto francesa, filha de um mecânico, apaixonada pela velocidade, que tendo começado como navegadora viria a assumir o volante, vencendo provas emblemáticas como as 24 Horas de Spa e as 24 Horas de Le Mans.
Michele Mouton, nome incontornável da história do WRC, a única vencedora de Rally Portugal em 1982, e 2ª classificada no ano seguinte. Viria a vencer a tortuosa subida de Pines Peak em 1985. Sem igual, ainda hoje considerada a melhor piloto de rally de sempre.
E porque hoje, 08 de Março de 2020, Dia da Mulher, se disputam os últimos 136km da BP Ultimate Baja TT ACP Santiago do Cacém / Grândola, uma menção muito especial às guerreiras desta 1ª edição, Sara Ferreira na Categoria SSV, Tânia Sequeira, Crisália Faria, Maria Beatriz Moreira e a dupla Margarida Sá e Maria João Moreira na categoria Carros.
A organização da Baja deseja a todas as mulheres que vivem e respiram TT, dentro ou fora dos troços, um excelente dia.